domingo, 11 de março de 2007

Paráfrase da síntese do texto

O cenário atual é fruto de alterações que o autor do texto denomina como Terceira Revolução Industrial, caracterizada por crescentes mudanças nos campos sociais, econômicos, políticos, culturais e educacionais. Essas mudanças são frutos da ação humana que é impulsionada pelas transformações técnico - cientificas.
Ocorre um processo de globalização que promove a unificação de fronteiras e mercados, o aumento da aculturação, enfraquecimento de governos, permitindo assim uma passagem cada vez maior de mercadoria, informações e pessoas. Como conseqüência desse processo surge a necessidade de um trabalhador flexível e polivalente, e a exclusão de muitos indivíduos que não se adequaram as novas exigências.

sexta-feira, 9 de março de 2007

As transformações técnico-científicas, econômicas e políticas

Todas as mudanças que vem acontecendo no mundo hoje, como a globalização, a produção flexível, o desemprego estrutural, a centralidade do conhecimento e da educação, entre tantos outros, foi desencadeado pela Revolução Tecnológica ou Terceira Revolução Industrial. Quanto mais acontece as transformações técnico-científicas, mais diminui o trabalho humano. E essas transformações são resultados da ação humana. Interferindo no processo de produção, dos serviços e das relações sociais.
A revolução tecnológica está fundamentada em três pilares: a microeletrônica, a microbiologia e a energia termonuclear.
A energia termonuclear esteve presente também na primeira e segunda revoluções industriais, com a descoberta da energia a vapor e da energia elétrica. “A energia termonuclear é responsável pelos avanços da conquista espacial....”(LIBÂNEO, 2003, p. 60 à 61). Em quase todos os momentos esteve a serviço da moderna técnica de guerra.
A microbiologia provoca grandes perigos a vida humana. Trazendo a possibilidade de uma guerra bacteriológica. Mas também traz benefícios, permitindo a produção de plantas e animais melhorados, no combate contra a fome e contra doenças congênitas.
A microeletrônica foi a que mais afetou e mudou a vida da população em geral, que pode ser percebido nos aparelhos eletro-eletrônicos, relógios, agenda eletrônicas, calculadoras, telefone celular, automóveis, entre outros. Mudando até a compreensão da realidade que a sociedade tem.
A maior sensação desta revolução é o computador. Sua utilização não tem limites. Construiu assim uma cultura digital e até uma realidade virtual. Se tornando o símbolo da modernidade.
A microeletrônica atingiu intensamente, com grandes reflexos econômicos, sociais e culturais, as áreas da agricultura, a indústria e o comércio. Na agricultura a modernização trouxe o desemprego e a exclusão social, e nem uma melhora para a qualidade de vida dos indivíduos. No campo da indústria não foi muito diferente, porém mais intenso, ocorrendo uma maior informatização e automação das fabricas, substituindo o trabalho humano na produção e nos serviços. Exigindo uma maior qualificação e capacidade das pessoas contratadas. No setor de comércio e serviços há uma grande tendência mundial de crescente criação de postos, aumento da geração de riqueza, aumento do consumo, a competição, a terceirização de ramos da empresa, abertura de um negócio próprio e por fim aumento da demanda de serviços das áreas de lazer e educação. Mas todo esse crescimento e disponibilização de novos postos não atendem ao número de pessoas desempregadas, sendo este um setor que está se reorganizando e exigindo uma mínima qualificação.
A partir da microeletrônica ocorreu uma revolução informacional, de forma que os meios de comunicação tiveram um contínuo avanço. A internet pela velocidade e o banco de dados é uma estrela na revolução. As tecnologias da informação estão presentes em todos os espaços sociais, e “...as mídias exercem cada vez mais um papel de mediação e de tradução da realidade social” (LIBÂNEO, 2003, p. 67).
Essa revolução exerceu um papel importante a sociedade. A partir do sistema capitalista em que vivemos a informação se tornou uma mercadoria, podendo até dizer um bem de consumo. Se tornando essencial para o mundo dos negócios. Quem tem a informação têm o monopólio. A globalização só se tornou possível por meio destes veículos de informação rápidos e integrados.
O capitalismo passou por uma reestruturação no final do século XX, tentando acompanhar o progresso técnico-científico, entrou numa busca por uma espécie de mercado universal. Esse processo se chama globalização uma maneira de enfrentar a crise do capitalismo, e construir uma nova ordem econômica mundial. “A globalização pressupõe, ‘....’, a submissão a uma racionalidade econômica baseada no mercado global, competitivo e auto-regulável” (LIBÂNEO, 2003, p. 75).
Uma das maiores características da globalização é a desvalorização do trabalho humano, a partir da automação das empresas, diminuição dos salários, eliminação de direitos trabalhistas e o crescente desemprego. E apesar de ser um termo que propõe a inclusão de todos os países num mercado universal, a lógica que se impõe é a da exclusão da maioria dos países. Essa lógica de mercado traz a sua marca que é: a acumulação flexível do capital. De forma que a produção, ou seja, o capital, se encontra em vários lugares, mas o monopólio ou controle se encontra em um único lugar.
O fato de várias empresas saírem do seu país de origem a procura de mercado consumidor, faz o mundo se transformar em um grande shopping center global. O mercado de trabalho também é alterado.
A globalização financeira desestrutura os governos, pois o capital se torna apátrida (dinheiro sem Estado). Deixando as economias nacionais a deriva dos movimentos financeiros internacionais (política cambial). Os países com política neoliberal dominam cada vez mais os mercados do mundo de forma articulada e controladora.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra. As transformações técnico-científicas, econômicas e políticas. In: Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo, Cortez, 2003.

Por Beatriz Silva Tavares e Leidiane Oliveira Queiroz